O Consumo de Medicamentos e os Determinantes Sociais: Cientificidade, Industrialização e Cotidiano
A discussão buscará trazer luz acerca das transformações no consumo de medicamentos, sobretudo durante a década de 1930 em São Paulo. Em que as alterações no modo de produção industrial e as reconfigurações urbanas proporcionam um novo modelo de cura, amparado pelos artifícios da instantaneidade, do aumento da produtividade e da eficácia científica. A publicidade popular farmacêutica surge como mensageira deste novo modo de cura e, além de anunciar o fim da era dos boticários e medicamentos magistrais, espelha o cotidiano da sociedade da época, demonstrando como o consumo de medicamentos se infiltra capilarmente em questões como força de trabalho, inserção social e questões de gênero.