No Brasil, após o desembarque da corte portuguesa, em 1808, tornaram-se constantes menções ao exercício da atividade farmacêutica em uma série de textos legislativos, atas de associações médico-farmacêuticas, farmacopeias, periódicos científicos, folhas comerciais etc. Nesse período, devido às descobertas no domínio da química, que, paulatinamente, alargaram o arsenal terapêutico e alteraram o modo como os medicamentos eram preparados, também se estabeleceu uma nova configuração do profissional da farmácia e do medicamento. Diante disso, procuraremos observar como se deu o processo de institucionalização, do ponto de vista legal e acadêmico, da farmácia dita científica no Brasil, e como ela contribuiu com uma nova maneira de tratar as doenças dos brasileiros no decorrer do século XIX.